Tijolo Ecológico Ganha Espaço em Guarantã do Norte com Economia de Até 40% e Conforto Térmico Superior
Maicon André, da Tijolos Moriá, explica as vantagens da tecnologia que já conquista a construção civil no extremo norte de Mato Grosso

Foto: Voz do Nortão
Uma nova tendência na construção civil está ganhando força em Guarantã do Norte: o tijolo ecológico. Econômico, sustentável e esteticamente moderno, o material promete reduzir custos, gerar menos resíduos e entregar um conforto térmico acima da média — o que o torna uma alternativa atrativa para quem deseja construir de forma inteligente.
Para entender melhor essa inovação, visitamos a fábrica Tijolos Moriá, a primeira do tipo na cidade, e conversamos com o proprietário Maicon André, que demonstrou, na prática, como funciona a produção e quais os principais diferenciais desse sistema.
Economia desde a fundação
Segundo Maicon, a economia começa logo na primeira etapa da obra:
“De cara o cliente já economiza com caixarias. A madeira só vai ser usada para escoramento de portas e janelas. Não precisa de formas para colunas nem para cintas.”
Ele explica que o próprio tijolo ecológico funciona como a caixaria. As ferragens e o concreto são inseridos dentro dos furos do bloco, eliminando etapas tradicionais da alvenaria convencional.
“A parte elétrica e hidráulica também passa por dentro dos tijolos. Isso evita quebras e entulho. A obra já nasce planejada”, ressalta.
Acabamento limpo e opcional
O tijolo ecológico também elimina a necessidade de reboco, o que gera mais economia e dá um acabamento rústico elegante:
“O acabamento já vem pronto. Rebocar é opcional. Tem quem prefira deixar o tijolo aparente pela estética”, explica Maicon.
Massa? Só se for cola
Outro ponto forte do sistema é o uso de cola ao invés de massa de assentamento. Um litro de cola, segundo Maicon, rende de 800 a 1.000 tijolos assentados:
“Hoje, o litro da cola custa cerca de R$ 60. É limpo, prático e o rendimento é excelente. Com isso, o cliente reduz custos com areia, cimento e mão de obra.”
Obra limpa e sem desperdícios
O processo construtivo também é mais limpo. Como o tijolo é planejado para encaixe, praticamente não há entulho:
“A gente trabalha com tijolo inteiro ou meio tijolo. Nada de cortes desnecessários. Isso evita sujeira e perda de material”, destaca.
O segredo está no começo
Maicon lembra que, apesar da praticidade, o tijolo ecológico exige precisão no início da obra:
“O segredo é a primeira fiada. Se ela estiver nivelada e alinhada, o resto da obra sobe perfeito. É isso que define o espelhamento da construção.”
Sustentável, térmico e resistente
Além da economia e estética, o tijolo ecológico entrega benefícios ambientais e conforto térmico. Durante a visita, pudemos sentir a diferença de temperatura dentro de uma edificação feita com o material.
“A casa fica muito mais fresca. Isso reduz o uso de ar-condicionado e, consequentemente, diminui a conta de energia. É economia na construção e no uso da casa depois”, reforça o empresário.
Para comprovar a resistência do material, Maicon propôs um teste ao vivo:
“Esse tijolo acabou de sair da prensa e já aguenta o peso de uma pessoa de 96 quilos. E ainda vai passar 14 dias no processo de cura para alcançar sua resistência final.”
Produção local com alta capacidade
A fábrica da Tijolos Moriá já opera com capacidade mínima de 350 tijolos por hora. O processo é automatizado com esteira, reservatório e prensa de 10 toneladas, garantindo uniformidade e agilidade.
Maicon aposta no crescimento da demanda na região e acredita que Guarantã do Norte está pronta para absorver essa nova tecnologia:
“O Brasil já conhece o tijolo ecológico, principalmente no Sudeste e Norte. Agora é a vez do Nortão de Mato Grosso. Quem entende o custo-benefício desse tijolo, não volta atrás.”