Delegado dá voz de prisão a médico ao se consultar em Cuiabá

A prisão ocorreu nesta quarta-feira (19) após residente supostamente se passar por anestesista

Delegado dá voz de prisão a médico ao se consultar em Cuiabá

Foto: Reprodução

O delegado Pablo Carneiro, da Delegacia de Estelionatos de Cuiabá, deu voz de prisão, nesta quarta-feira (19), ao médico residente Gilmar Silvestre de Lima, durante uma consulta no Hospital HBento, na Capital. O profissional é acusado de se apresentar irregularmente como anestesista.

Segundo o delegado, ele havia ido ao hospital para uma consulta pessoal e estranhou ao ser atendido por Gilmar, já que o agendamento informava que o atendimento seria realizado por uma médica.

Durante a consulta, o residente se identificou como anestesista, conduziu o atendimento e preencheu formulários como se possuísse a especialização.

“Ele fazia toda a anamnese, realizava exames e assinava a ficha tanto no campo de responsabilidades quanto no campo destinado ao anestesista. Só que não carimbava”, relatou Carneiro.

Desconfiado, o delegado verificou o registro profissional do médico e constatou que ele não possuía o título de especialista, estando apenas em período de residência no hospital.

Diante da irregularidade, Carneiro deu voz de prisão ao profissional.

“Quando consultei o site do Conselho de Medicina, vi que ele não tem especialidade registrada e fui informado de que ainda está cursando a residência. Ele não poderia se apresentar, em nenhum momento, como anestesista de fato”, reforçou o delegado.

Fonte: midianews

Gilmar é formado em Medicina pela Universidad de Aquino, em La Paz (Bolívia), com diploma revalidado pela Universidade de Brasília (UnB).

De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), anunciar-se como especialista sem formação ou título é proibido. A habilitação só é válida após conclusão da residência e/ou aprovação em exame específico, conforme determina o Decreto Regulamentar nº 8.516/2016.

O médico foi encaminhado à delegacia e liberado posteriormente. A profissional que deveria conduzir o atendimento não estava no hospital no momento da abordagem.

O caso segue sob apuração.

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